Ryan, faça por merecer...
AVISO:
esse texto contém spoilers do filme.
Ontem assisti novamente ao clássico
“O resgate do soldado Ryan”, dirigido por Steven Spielberg e com atuação perfeita
de Tom Hanks. O filme narra a jornada de uma equipe de militares liderada pelo
Capitão John (Tom Hanks) que precisa entrar numa região extremamente hostil da
França durante a Segunda Guerra Mundial para resgatar um único soldado: Ryan.
Motivo? Seus outros 3 irmãos já haviam morrido na guerra e o governo americano
concede, em favor de sua mãe, o benefício de ter seu único filho de volta. Ao
ser achado pela equipe Ryan se recusa a retornar, por conta do seu dever para
com o país e a necessidade de proteger uma ponte do domínio alemão iminente,
pois a mesma era muito estratégica para o avanço nazista. Mesmo revoltados com
a decisão de Ryan, os soldados da equipe decidem que o certo a se fazer é ficar
no local e ajuda-lo na tarefa. Pulando para o final do filme, encontramos uma
cena muito emocionante: encurralados pelos inimigos, John, Ryan e poucos
sobreviventes se veem nos últimos momentos de vida quando, de repente, são
salvos pela Força Aérea dos aliados. Contudo, infelizmente, capitão John não
resiste a um ferimento e morre. Suas últimas palavras para Ryan, após o sacrifício
de quase toda a equipe e de si mesmo em prol do rapaz, foi: “Faça por merecer...”
Foi um pedido forte. A vida de
inúmeros homens foi sacrificada em prol de um só. Ryan tinha que viver uma vida
extremamente significativa para “compensar” tamanho sacrifício. Mas fiquei
pensando: “Cristo teria dito o mesmo para nós?”. Afinal, ele se sacrificou, não
é mesmo? A morte dele foi capaz de nos salvar e precisamos lembrar disso.
Contudo, creio que ele jamais diria isso, sabe porquê? Porque seria uma tarefa
IMPOSSÍVEL. Jamais conseguiríamos “fazer por merecer” o sacrifício Daquele que
foi tão puro e perfeito aqui na Terra. Seu sacrifício foi diferente do que
vimos no filme porque foi o sacrifício perfeito, de alguém que não merecia
morrer por vários que mereciam. Paulo enfatiza isso em Romanos 5.8, quando diz:
“Mas Deus demonstra seu amor por
nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” Ainda que vivamos intensamente e busquemos como propósito
supremo viver em prol dos outros, essa vida jamais faria por merecer a morte do
Primogênito de Deus.
Porém, não é por isso
que devemos viver de qualquer forma. Ainda que jamais mereçamos esse presente,
precisamos viver “integralmente entregues” a vontade daquele que nos retirou da
lama do pecado e nos conduziu a uma vida única de esperança.
Paul Washer conta que
uma vez estava pregando no auditório de uma universidade e um jovem se levantou
e perguntou:
- Como o sacrifício de
um homem só, durante poucas horas, foi capaz de salvar todo o resto da
humanidade? Isso não parece justo.
Paul Washer responde:
- É porque esse homem
vale mais do que todos os outros juntos. Se você pega as montanhas, montes,
todo o planeta, todas as estrelas, toda forma de beleza, tudo aquilo que canta,
tudo aquilo que resplandece, e coloca tudo isso em uma balança, CRISTO
CONTIUARÁ SENDO MAIS VALIOSO.
Que eu e você nos lembremos
continuamente do sacrifício de Jesus. Não para tentar viver de modo a merecer tal
benefício, pois seria impossível, mas para ser grato ao Deus cujo amor nos
constrange (2 Co 5.14)
Em Cristo,
Thiago Holanda.
p.s: Para assistir a história de Paul Washer contada por ele mesmo, clique na imagem abaixo. Vale a pena, pois é emocionante.
Muito bom! texto excelente, fui edificado pelas palavras desse artigo tão maravilhoso. SDG
ResponderExcluirP.S O resgate é o melhor filme. kkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkk, lista de schindler é o melhor
ExcluirO melhor artigo até hoje, na minha opinião.
ResponderExcluirQue Deus lhe abençoe muitíssimo, amigo!
Obg amigo.
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