A estratégia da Igreja Primitiva

quarta-feira, 21 de junho de 2017

A estratégia da Igreja Primitiva


Existem muitas estratégias para crescimento de igrejas hoje. Até gurus estão fazendo sucesso com fórmulas mágicas que prometem rápido crescimento e expansão do reino (de quem?). Esses movimentos tornaram-se populares a partir de 1960 com os livros e palestras de Donald McGavaran, deão da Escola Fuller de Missões Mundiais. Hoje, inúmeros outros representantes têm recebido atenção e seus “cases de sucesso” promovem a venda de milhões de livros ao redor do mundo. Bill Hybels, Rick Warren, Peter Wagner e David Yong Cho são alguns desses nomes bem famosos.
Não vejo problema na aplicação, quando possível, de modernas técnicas de administração na condução das atividades da igreja. Se temos que cuidar dos negócios do Senhor, façamos com excelência. O problema notório nesses autores é a ênfase nesses métodos e o esquecimento quase completo de princípios inegociáveis que a palavra de Deus estabelece. Aliás, devemos desconfiar de tudo que vem com o manto de “novidade”. Não existem métodos inovadores oriundos da palavra de Deus, existem os esquecidos. Se quisermos uma estratégia válida para o crescimento saudável da igreja, devemos examinar continuamente os princípios eternos da Bíblia. Uma das passagens mais preciosas nesse contexto é Atos 2.42-47, vejamos:

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Para que você entenda melhor a “estratégia” da primeira igreja, veja esse gráfico:

A base para o crescimento saudável de uma igreja AINDA É o ensino da doutrina bíblica, a comunhão dos santos e a dedicação a oração. Todo o resto é resto. Essas recomendações basilares necessariamente levarão a igreja a atitudes exteriores e interiores saudáveis, como as da segunda coluna, e os resultados da terceira coluna serão, então, inevitáveis. Essa fórmula não é nada secreta, nem possui direitos autorais para se utilizar, bastam corações inflamados pela verdade de Deus.
Então, porque é tão comum o desprezo pela estratégia de Deus e a valorização de técnicas “milagrosas” da administração?
Creio que a resposta é simples: o peso da Cruz. Viver intencionalmente para a glória de Deus tem um fardo pesado. A renúncia da cruz exige, muitas vezes, um estilo de vida longe dos holofotes e sem muitos resultados palpáveis. Metas, prazos, taxas de crescimento e análise de resultados só são aplicáveis quando Deus quer e se sua soberania dirigir a igreja no sentido contrário, deve-se seguir.
Não quero que me vejam como um “anti-técnicas”. Não tenho essa visão tão limitada. Uso-as em minha vida pessoal e ministério. Contudo, não antes de orar e me dedicar ao estudo das escrituras. Oremos para que os líderes voltem às estratégias de Deus.


Em Cristo, 
Thiago Holanda.

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