abril 2024

sexta-feira, 26 de abril de 2024

A importância de manter bons relacionamentos


 


Daniel 1.9-14

9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.

11 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.

13 Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.

14 E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.

A passagem acima narra um momento específico da conhecida jornada de Daniel e os seus amigos, uma história que, provavelmente, você já conhece. Quero, contudo, abordar um aspecto específico dessa história, que é a importância de manter bons relacionamentos com todos ou, como costumeiramente usado nos jargões coorporativos, um bom networking.

Daniel e o seu povo foram levados ao cativeiro não como escravos comuns condenados a trabalhos braçais pelo resto da vida. Pelo contrário, a ideia que motivou esse intercâmbio forçado foi exatamente criar uma elite de jovens hebreus preparados para difundir a “belíssima” cultura babilônica. Mesmo nesse contexto, é certo que esses jovens permaneciam como escravos e, em tese, não possuíam direito de escolha a nada.

Porém, como você sabe, eles decidiram não se contaminar com as iguarias da corte e optaram pela purificação, inclusive a alimentar. Porém, havia um obstáculo. A dieta desses jovens não era um self-service. Eles não tinham direito a mudá-la. O cardápio já estava definido e ponto final.

Porém, é aqui que algo interessante acontece. Sem entrar em detalhes, a Bíblia diz que Daniel conversou com o chefe dos eunucos e pediu que desse um “jeitinho” (não no sentido culturalmente pecaminoso da palavra) e os liberasse da dieta do rei. E o chefe dos eunucos aceitou!

Pode parecer algo simples, mas não é. O cargo de chefe dos eunucos era de confiança e certamente o homem que o ocupava não iria arriscar, com algo tão “simples”, desobedecer ao rei e ser condenado a traição e, quem sabe, a morte. Era, simplesmente, perder tudo por conta do pedido de um jovem desconhecido vindo de uma terra distante. Quem, em sã consciência, atenderia esse favor?

Aqui entra nossa reflexão: sei que Deus agiu no coração do chefe dos eunucos inclinando-o a aceitar o pedido de Daniel. Disso não tenho dúvidas. Mas também acredito firmemente que esse milagre foi operacionalizado por meio de um bom relacionamento que Daniel e os seus amigos devem ter nutrido com todos os membros da corte pagã da Babilônia. Relacionamento esse que abriu as portas para que o pedido fosse atendido.

Aprendemos muito com essa lição. Será que, nos ambientes que frequentamos, nós temos um relacionamento saudável com os não cristãos que nos cercam? Conseguimos manter esse networking?

Aqui eu interrompo a reflexão para adicionar dois tipos de comportamento nocivos: o isolacionismo, que é uma postura muito comum em “crentes” legalistas, que acreditam firmemente serem parte de uma categoria especial de pessoas santas, e olham com superioridade para qualquer outra pessoas que não julgam ser parte do mesmo círculo. Essa postura, além de intoxicar qualquer relacionamento, ainda afasta as pessoas de Cristo e mancha o evangelho de forma profunda. O outro comportamento é o mundanismo, que é exatamente o extremo oposto, comumente praticado por “crentes” que vivem um evangelho frouxo, marcado pela permissividade e uma incorreta interpretação da graça salvífica.

Nós devemos buscar um equilíbrio saudável entre esses dois comportamentos: viver no mundo sem ser parte do mundo e, com isso, manter um bom relacionamento de gentileza e misericórdia com todos aqueles que ainda não foram alcançados pela graça de Cristo.

Que tal, na sua rotina de trabalho, você importar-se mais com as necessidades dos colegas e, eventualmente, oferecer ajuda? Por que não praticar a escuta ativa e se interessar pelo que as pessoas conversam?

Existem inúmeras maneiras, não difíceis, de manter bons relacionamentos com pessoas que não compartilham a mesma fé que nós e devemos cultivar isso diariamente, não apenas pensando no interesse de um dia buscar benefício, mas para manter canais de comunicação e diálogo abertos. Canais esses que, creio eu, serão usados para compartilhar nossa mensagem mais preciosa: a salvação em Jesus.

Eu encorajo você a manter relacionamentos agradáveis onde você estiver: faculdade, trabalho, vizinhança, etc...assim,  as pessoas olharão para você e verão o brilho de Cristo na sua vida.

Deus te abençoe!

 

Em Cristo,

Thiago Holanda

26 de Abril de 2024.