A estratégia da Igreja Primitiva
Existem
muitas estratégias para crescimento de igrejas hoje. Até gurus estão fazendo
sucesso com fórmulas mágicas que prometem rápido crescimento e expansão do
reino (de quem?). Esses movimentos tornaram-se populares a partir de 1960 com
os livros e palestras de Donald McGavaran, deão da Escola Fuller de Missões Mundiais. Hoje, inúmeros outros
representantes têm recebido atenção e seus “cases
de sucesso” promovem a venda de milhões de livros ao redor do mundo. Bill
Hybels, Rick Warren, Peter Wagner e David Yong Cho são alguns desses nomes bem
famosos.
Não
vejo problema na aplicação, quando possível, de modernas técnicas de
administração na condução das atividades da igreja. Se temos que cuidar dos
negócios do Senhor, façamos com excelência. O problema notório nesses autores é
a ênfase nesses métodos e o esquecimento quase completo de princípios
inegociáveis que a palavra de Deus estabelece. Aliás, devemos desconfiar de
tudo que vem com o manto de “novidade”. Não existem métodos inovadores oriundos
da palavra de Deus, existem os esquecidos. Se quisermos uma estratégia válida
para o crescimento saudável da igreja, devemos examinar continuamente os
princípios eternos da Bíblia. Uma das passagens mais preciosas nesse contexto é
Atos 2.42-47, vejamos:
E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
E em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Para que
você entenda melhor a “estratégia” da primeira igreja, veja esse gráfico:
A base para
o crescimento saudável de uma igreja AINDA É o ensino da doutrina bíblica, a
comunhão dos santos e a dedicação a oração. Todo o resto é resto. Essas
recomendações basilares necessariamente levarão a igreja a atitudes exteriores
e interiores saudáveis, como as da segunda coluna, e os resultados da terceira
coluna serão, então, inevitáveis. Essa fórmula não é nada secreta, nem possui
direitos autorais para se utilizar, bastam corações inflamados pela verdade de
Deus.
Então,
porque é tão comum o desprezo pela estratégia de Deus e a valorização de
técnicas “milagrosas” da administração?
Creio que
a resposta é simples: o peso da Cruz. Viver intencionalmente para a glória de
Deus tem um fardo pesado. A renúncia da cruz exige, muitas vezes, um estilo de
vida longe dos holofotes e sem muitos resultados palpáveis. Metas, prazos,
taxas de crescimento e análise de resultados só são aplicáveis quando Deus quer
e se sua soberania dirigir a igreja no sentido contrário, deve-se seguir.
Não quero
que me vejam como um “anti-técnicas”. Não tenho essa visão tão limitada. Uso-as
em minha vida pessoal e ministério. Contudo, não antes de orar e me dedicar ao
estudo das escrituras. Oremos para que os líderes voltem às estratégias de
Deus.
Em
Cristo,
Thiago Holanda.
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