Caminhando com os mortos
Gosto muito de ler, especialmente autores cristãos. Livros
são companhias agradáveis para qualquer momento, pois oferecem novas ideias e
alargam nossas percepções. Confesso que já chorei e ri sozinho inúmeras vezes
na minha sala enquanto me deliciava com páginas cujas narrativas invadiam meu
imaginário de tal forma que eu ansiava poder estar junto aos personagens da
cena, ou mesmo com o autor (a fim de sugar-lhe mais algumas ideias). Paul Tripp,
Jonathan Edwars, Spurgeon, Ravenhill e C.S Lewis já me fizeram sentir saudades
deles inúmeras vezes. Estranho, não? Sentir saudades de quem nunca
conhecemos...mas se, de fato, os livros são um pedaço de nós que persistem para
sempre, então esse sentimento perde sua estranheza.
Luto comigo mesmo em relação a ideia de ter um autor
favorito. Por um lado, não quero ser ingrato com as muitas benesses recebidas
por tantos homens que povoam minha estante. Por outro lado, não posso negar o
fato de que um autor, em especial, é o responsável por consumir horas do meu
tempo em um único parágrafo. Esse homem é C.S Lewis. Não! Eu não gasto tanto
tempo num parágrafo por conta do vocabulário arcaico. Pelo contrário, Lewis
consegue usar uma linguagem simples, mas com uma profundidade constrangedora.
Não pense que já li toda bibliografia de Lewis ou que sou um expert na sua biografia. Nada mais longe
da verdade. Li somente 4 dos seus ‘não sei quantos’ livros (são muitos) e sei
muito pouco sobre sua trajetória. Contudo, suas reflexões sobre Deus e nossa existência me
fazem entender como o Altíssimo é gracioso ao conceder a alguns homens o dom de
traduzir em belas palavras o que há de mais complexo no viver.
O que estou prestes a falar é mais estranho ainda: já me
peguei pensando em situações engraçadas: “se eu pudesse ter conhecido Lewis,
como seria?”...Louco, hein? Mas se você tem um autor favorito vai me entender
bem, imaginar uma conversa sobre seus trechos favoritos, uns questionamentos
sobre como surgiram as ideias pro livro A, B, C...ou quem sabe dar umas caminhadas
na cidade onde ele vive/viveu e tomar um café ao fim da tarde com direito a
opiniões sobre outros autores.
Sei que para alguns isso pode soar tietagem, mas palavras
vindas de um homem cheio da inspiração divina me impactam de
tal maneira que sou capaz de escapar um pouco da realidade sacal e dar uns
pulinhos no imaginário que a criança em nós nunca permitirá morrer.
Que esses prazeres nunca morram!
Em Cristo,
Thiago Holanda.
Amigo... Tem certeza que vc escreveu esse texto? Parece que ele saiu da minha alma!
ResponderExcluirIncrível! Meus parabéns pelo texto, amigo!
ResponderExcluirMuito bom! Apesar de não ser o meu autor favorito - pelo menos não sei se será - isso serve para nos despertar para novos autores. :D
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