“Um espaço entre nós” e uma vida significativa.

domingo, 6 de agosto de 2017

“Um espaço entre nós” e uma vida significativa.



Hoje assisti um filme de romance bem adolescente intitulado “O espaço entre nós”. Narra a história de um rapaz que nasceu em Marte. Sua mãe foi uma astronauta renomada que morreu durante seu parto. Por conta de uma série de problemas de saúde, ele ficou impossibilitado de morar na terra e foi criado por outros astronautas na estação espacial. Contudo, aos 16 anos ele sentiu uma profunda necessidade de conhecer a Terra e procurar seu pai. Vou parar por aqui para não dar spoilers. Confesso que é um filme tosquinho, cheio de um romance meio ‘piegas’ e cenas de amor bem previsíveis.
Contudo, o filme nos faz refletir no significado da nossa vida aqui na terra. Uma cena em especial me chamou muita atenção: o rapaz está se trocando no banheiro de um supermercado e, ao sair da cabine, se depara com várias crianças que estavam prestes a “pichar” o espelho do banheiro. Ao verem que não estavam sozinhas, as crianças fugiram. Ele, meio bobalhão ainda, não entende o porquê da fuga e pega o pincel, olha para o espelho e então escreve: “Eu estive aqui.” Confesso que passei um bom tempo meditando nisso, e me perguntei: será que minha vida aqui na terra está sendo suficientemente significativa? Será que tenho deixado uma marca positiva durante minha brevíssima jornada por aqui?
Me espanta ver tantos jogando no lixo seu precioso tempo de permanência aqui na terra com coisas tão sem significado. O personagem do filme, desde o início, sabia que seu destino final não era a terra. Por motivos de saúde, ele sabia que teria de voltar pra Marte ou, então, morreria muito brevemente por aqui. Isso o impulsionou a viver essa curta estadia dando o melhor de si em tudo e deixando sua marca aonde ele pudesse. Isso foi a sua motivação ao escrever no espelho: “eu estive aqui”. Era uma marca simples, mas era uma marca. Aquele espelho do banheiro não ia ser mais o mesmo depois da passagem dele. O que eu e você temos modificado? Vamos viver 70, 80 ou Deus sabe quantos anos e não deixaremos nossa marca em nada? Não modificaremos a vida de ninguém por aqui?
Não sei você, mas eu quero uma vida de significado. Sei que sou um peregrino, assim como o personagem, e brevemente terei de voltar ao lar. Mas vou encarar essa minha breve passagem como um presente precioso e quero aproveitar cada segundo dela e deixar, não em espelhos, mas no coração daqueles que amo uma marca com os mesmo dizeres: “eu estive aqui”.

Em Cristo,
Thiago Holanda.

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