17:33:00
Thiago Holanda
Tenho percebido um fenômeno muito curioso (e lamentável) no comportamento de algumas pessoas nas redes sociais. É a espetacularização do sofrimento. Vou exemplificar:
Recentemente, uma conhecida passou por uma situação muito triste de falecimento na família, e fiquei um tanto surpreso ao ver postado nos stories dela uma sequência de quase 3 minutos somente de choro para os seus mais de 2 mil seguidores (a maioria desconhecidos). Em outra feita, uma ex colega de faculdade, que está tentando seguir a carreira de ‘influencer’, postou para os seus quase 4 mil seguidores uma descrição detalhada dos motivos do seu divórcio, inclusive disparando ofensas para o seu ex-marido.
Não sei se a origem desse comportamento é a extrema carência emocional que as pessoas hoje enfrentam, ou se, por acaso, há um desejo de usar as próprias dores da vida para ganhar palco nas redes sociais e conquistar mais ‘engajamento’. No final das contas, não importa o motivo, continua sendo espantoso ver esse tipo de coisa.
A maturidade e o tempo nos ensinam que precisamos SIM de amigos próximos, de gente que vai rir e chorar a cada vitória e tropeço na vida. Mas nós também aprendemos que as dores são didáticas e devem ser digeridas somente com aqueles que caminham lado a lado conosco. Acredite: se você levar a dor para o palco, JAMAIS APRENDERÁ COM ELA, pois nem todos que acompanham sua vida estão interessados no seu crescimento ou felicidade.
Um último conselho: se você quer ter a certeza de que vai ter alguém ao seu lado para enfrentar os momentos difíceis da vida, então ORE! Isso mesmo, faça uma oração. Em Mateus 6.6, Jesus diz que quando quisermos orar, que entremos no nosso quarto, fechemos a porta e falemos com o Pai, pois Ele nos ouvirá. Deus consegue enxergar em nós até aquilo que nós mesmos não podemos ver.
“Mas tu enxergas o sofrimento e a dor; observa-os para tomá-los em tuas mãos. A vítima deles entrega-se a ti; tu és o protetor do órfão.” (Salmos 10:14)
Em Cristo,
Thiago Holanda.
29/07/2021.
Muito bom o texto. Parabéns Thiago! Existem muitos fenômenos parecidos, como a romantização da pobreza
ResponderExcluir