Eduardo Cunha e a corrupção evangélica.

sábado, 7 de maio de 2016

Eduardo Cunha e a corrupção evangélica.



Na última quinta-feira o Brasil foi surpreendido por uma excelente notícia: Deputado Eduardo Cunha será afastado do seu cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Que alegria, hein?

É, pra mim, a alegria não é tão grande assim não! E não pense que estou defendendo o charlatão ou alegando que seja inocente, de forma alguma! Minha tristeza se deve ao fato do dito parlamentar professar publicamente a fé evangélica.

Pois é, esse fato lamentável leva as pessoas a criticarem os evangélicos com discursos do tipo: “igreja só quer nosso dinheiro”; “todo pastor é ladrão”, etc, etc, etc.

Por conta disso eu decidi escrever esse texto, e dedico a você, que não é evangélico, e acha um absurdo um homem como Eduardo Cunha se dizer ‘crente’ e ser tão corrupto. Queria que você soubesse o que os cristãos evangélicos pensam sobre esse assunto. Não fiz nenhuma pesquisa, nem coletei dados que pudessem assegurar que o esse texto será unanimidade entre meus irmãos, mas tenho confiança de que a maioria dos evangélicos pensam de forma semelhante.


Vejamos alguns pontos:

1.  A Bíblia está repleta de condenações contra o pecado da corrução (Isaías 33.15-15, Eclesiastes 7.7, Êxodo 23.8, Provérbios 17.23, Provérbios 29.4, Levítico 19.19, Provérbios 16.11, entre muitos outros). Quem pratica tal pecado desobedece mandamentos divinos e precisa arrepender-se.

2. Jesus foi o maior exemplo de honestidade que já vivei. Quando indagado a respeito dos tributos, se era lícito entrega-los a Roma, respondeu: “dai a césar o que é de César” (Mateus 22.21). Ele não ludibriou ou enganou seus seguidores, não lhes prometeu vida fácil (Mateus 16.24), como alguns pastores da prosperidade afirmam. Jesus, na verdade, era tão despreocupado com dinheiro que colocou Judas Iscariodes para administrar suas finanças (João 12.6).

3. Qualquer um pode professar a fé cristã e se autodenominar evangélico, inclusive, quem não é, de fato, um seguidor de Cristo. Quem impede? Não existe órgãos reguladores na igreja evangélica que penalizam quem proclama o cristianismo falsamente. A própria Bíblia fala sobre isso quando narra a parábola do Joio e do Trigo (Mateus 13.24-30).

Assim, um homem como Cunha é, certamente, um falso cristão, que subiu nas escadarias do poder político através de inúmeros desfalques e se utilizou da fé evangélica para ‘pagar de bonzinho’. Cristãos evangélicos verdadeiros acreditam que a corrupção é inadmissível, seja na igreja ou no poder público. Cidadãos como Eduardo Cunha não só fazem um desserviço ao povo brasileiro, mas também o faz ao Reino de Deus.

Isso vale para toda a tal ‘bancada evangélica’ também...

Em Cristo,
Thiago Holanda.

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