Eduardo Cunha e a corrupção evangélica.
Na última quinta-feira o Brasil
foi surpreendido por uma excelente notícia: Deputado Eduardo Cunha será
afastado do seu cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Que
alegria, hein?
É, pra mim, a alegria não é tão
grande assim não! E não pense que estou defendendo o charlatão ou alegando que
seja inocente, de forma alguma! Minha tristeza se deve ao fato do dito
parlamentar professar publicamente a fé evangélica.
Pois é, esse fato lamentável leva
as pessoas a criticarem os evangélicos com discursos do tipo: “igreja só quer
nosso dinheiro”; “todo pastor é ladrão”, etc, etc, etc.
Por conta disso eu decidi
escrever esse texto, e dedico a você, que não é evangélico, e acha um absurdo
um homem como Eduardo Cunha se dizer ‘crente’ e ser tão corrupto. Queria que
você soubesse o que os cristãos evangélicos pensam sobre esse assunto. Não fiz
nenhuma pesquisa, nem coletei dados que pudessem assegurar que o esse texto
será unanimidade entre meus irmãos, mas tenho confiança de que a maioria dos
evangélicos pensam de forma semelhante.
Vejamos alguns pontos:
1. A
Bíblia está repleta de condenações contra o pecado da corrução (Isaías
33.15-15, Eclesiastes 7.7, Êxodo 23.8, Provérbios 17.23, Provérbios 29.4,
Levítico 19.19, Provérbios 16.11, entre muitos outros). Quem pratica tal pecado
desobedece mandamentos divinos e precisa arrepender-se.
2. Jesus
foi o maior exemplo de honestidade que já vivei. Quando indagado a respeito dos
tributos, se era lícito entrega-los a Roma, respondeu: “dai a césar o que é de
César” (Mateus 22.21). Ele não ludibriou ou enganou seus seguidores, não lhes
prometeu vida fácil (Mateus 16.24), como alguns pastores da prosperidade
afirmam. Jesus, na verdade, era tão despreocupado com dinheiro que colocou
Judas Iscariodes para administrar suas finanças (João 12.6).
3. Qualquer um pode professar
a fé cristã e se autodenominar evangélico, inclusive, quem não é, de fato, um
seguidor de Cristo. Quem impede? Não existe órgãos reguladores na igreja
evangélica que penalizam quem proclama o cristianismo falsamente. A própria
Bíblia fala sobre isso quando narra a parábola do Joio e do Trigo (Mateus
13.24-30).
Assim, um
homem como Cunha é, certamente, um falso cristão, que subiu nas escadarias do
poder político através de inúmeros desfalques e se utilizou da fé evangélica
para ‘pagar de bonzinho’. Cristãos evangélicos verdadeiros acreditam que a
corrupção é inadmissível, seja na igreja ou no poder público. Cidadãos como
Eduardo Cunha não só fazem um desserviço ao povo brasileiro, mas também o faz
ao Reino de Deus.
Isso vale para
toda a tal ‘bancada evangélica’ também...
Em Cristo,
Thiago
Holanda.
Ótimo texto!
ResponderExcluirVerdade!
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