terça-feira, 20 de maio de 2025

Correntes


 

Perto da minha casa existe um restaurante onde, vez por outra, compro almoço. É bom e barato. Um amigo, então, me recomendou um outro restaurante, um pouquinho mais longe, mas que cobra quase o mesmo preço, mas cuja comida é muito melhor. 

Por um longo tempo, resisti a ideia e me mantive fiel ao primeiro restaurante e, para isso, justificava minha escolha com diversas desculpas: é bem mais perto, já me acostumei comida, eu gosto de lá, etc...

Um dia, porém, decido ser "ousado" e vou para o restaurante recomendado pelo meu amigo. 

O choque é imediato: a comida é infinitamente melhor e o preço é quase o mesmo. 

Como alguém que adiou assistir um filme incrível por muito tempo, pergunto a mim mesmo: por que eu demorei tanto a experimentar isso?

Muitas vezes no privamos de viver o MELHOR simplesmente por estarmos acostumados com o BOM. 

Acorrentamos nossos pés a uma zona de conforto que começa a nos privar de experimentar coisas extraordinárias simplesmente pelo medo de ousar.

Quantas vezes o medo já te fez parar?

Quantas vezes você já usou desculpas para si mesmo apenas para justificar sua própria paralisia?

Quando você vai decidir OUSAR e descobrir caminhos melhores que Deus tem reservado sua vida?

Perder o BOM poder até doer, mas a graça de encontrar o MELHOR vai te curar.

"Existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para trás." (C.S Lewis)



sexta-feira, 16 de maio de 2025

O andar do sábio


 

Efésios é uma das cartas mais práticas do Novo Testamento (NT). Ela foi escrita pelo apóstolo Paulo possivelmente durante da sua prisão em Roma e contém duas partes principais. Do capítulo 1 ao 3, encontramos um bloco doutrinário de ensinamentos valiosos a respeito da identidade do crente em Jesus. Dos capítulos 4 ao 6, temos vários ensinamentos práticos sobre como viver no mundo sem tornar-se parte do mundo.

Nesse contexto, encontramos os versículos 15 e 16, que nos exortam a andar como sábios, remindo o tempo, pois os dias são maus. Mas o que isso significa?

Remir significa “comprar de volta” ou “resgatar do uso inútil” (Boaz, por exemplo, foi o remidor de Rute e Noemi). Quando remimos algo, estamos tornando aquilo útil novamente, dando-lhe um nosso propósito de existência. Note que o texto deixa bem claro: remir o tempo é característica de um andar sábio.

O tempo, no texto, não faz referência ao khrónos, mas ao kairós, o que significa que Paulo não estava se referindo ao tempo cronológico, como que uma ideia de gestão de rotinas ou algo do tipo, mas ele se refere à ideia de oportunidade.

Unindo os dois conceitos anteriormente apresentados, podemos concluir que o sábio entende as oportunidades que Deus lhe apresenta ao longo da vida, e as utiliza de forma a glorificar os propósitos eternos do Senhor. Remir o tempo significa enxergar a mão de Deus em cada oportunidade que aparece diante de mim, ainda que aparentemente ruim.

A partir do momento em que entendo esse versículo, posso chegar a algumas conclusões:

1.        1. Remir o tempo é entender que todo NÃO esconde um SIM. Que atrás de cada porta fechada, existe uma porta aberta. Ou seja, cada negativa de Deus para nossas vidas, muitas vezes, são oportunidades de receber a benção certa ou no tempo certo. O não de Deus é uma oportunidade (kairós) de aprender alguma lição.

2.        2. Remir o Kairós é também remir o khronos. Eu não posso andar como sábio e desperdiçar o tempo que Deus me deu. É preciso zelar por cada minuto e segundo do meu dia. Pergunte a um paciente terminal qual presente gostaria de receber e a possível resposta seria “mais tempo”. O tempo khronos é medido pelo relógio, o tempo kairós é medido pelo discernimento espiritual. Se eu andar como sábio, meu discernimento controlará meu relógio e usarei cada segundo do meu dia para glorificar a Deus.

3.        3. Se os dias são maus e o mundo está caído, então vigie! Não baixe sua guarda. É por isso que Paulo usa a expressão: “porque os dias são maus.”. Isso significa que o mundo caído está o tempo todo nos convidando a desperdiçar oportunidades com futilidades. O verdadeiro cristão sabe discernir o que é um convite do mundo e o que é um convite de Deus, e aqui não posso me esquecer da frase de C.S Lewis: “aquilo que não é eterno, é eternamente inútil”.

Que Deus nos ensine a andar como sábios, sabendo discernir as oportunidades que Deus coloca diante de nós e vivendo, cada segundo da vida, para o propósito eterno de Deus.


Em Cristo, 

Thiago Holanda.

16/05/2025

domingo, 9 de fevereiro de 2025

3 P’s muito importantes



Recentemente tive a oportunidade de ler a obra “Reset: vivendo no ritmo da graça em uma cultura estressada”, escrito por David Murray. Foi um presente muito especial de aniversário que recebi de uma amiga.  O livro é a seguinte convocação a todos nós: abandonem a idolatria à produtividade e abracem a graça de Deus. Sim, é isso mesmo, a graça! 

Toda nossa educação após o ensino médio, e notadamente no ensino superior e pós-graduação, gira em torno da necessidade de mantermos uma vida intensamente produtiva, sob o risco de ficarmos para trás condenados a uma vida medíocre. Cristão amordaçados por esse tipo de mentalidade (me coloco no primeiro lugar na fila de culpados) podem até afirmar a salvação pela graça, mas esse entendimento é, de fato, completo? Será se, de fato, cremos nas imerecidas bençãos do Senhor? 

SIM ao esforço! NÃO a idolatria a produtividade! Essa deve ser nossa postura. O mundo dificilmente entenderá isso, mas nós cristão devemos lutar cada guerra da vida sabendo que nosso descanso no Senhor é garantido. 

Poderia, ainda, falar muitas outras lições preciosas desse incrível livro, mas quero me deter nos 3 P´s que o autor menciona como fundamentais para um entendimento de quem somos e o que Deus quer e vai fazer em nós, são eles: PROPÓSITO, PLANO e PODA. Vamos entendê-los? 

O PROPÓSITO de vida tem uma ligação direta com nossa IDENTIDADE. É impossível saber o nosso propósito sem saber responder à pergunta “quem sou eu?”. Você já se questionou isso? Qual o nosso propósito para a vida profissional? Qual nosso propósito para vida familiar? Sobretudo, qual o propósito do céu para minha vida espiritual e ministerial? Sem saber essas respostas, é IMPOSSÍVEL refletir nos outros 2 P’s. Na verdade, não saber o nosso propósito de vida é vagar perdido, é viver uma vida que não vale a pena. 

O PLANO é a execução do propósito. É fundamental descobrir o nosso propósito de vida, mas sem o plano, ele se perde. Traçar planos é construir um caminho com objetivos e metas, designando tempos e movimentos necessários para executá-los. O plano é algo intencional, ou seja, é preciso refletir, sentar, desenhar/escrever e, finalmente, EXECUTAR! Para que um plano seja bem-sucedido, alguns elementos são importantes: 

  1. a) Agenda: não me refiro as agendas anuais usadas por profissionais (apesar da enorme importância delas), mas ao entendimento de que meu tempo é limitado e, por isso, preciso ser sábio para decidir o que merece ou não um espaço na minha vida. Uma vez que determinado compromisso entrou na agenda, ele DEVE ser atendido. 


  1. b) Rotina: é o entendimento de que muitos planos exigirão uma construção lenta, gradual e por vezes cansativas. “Toda longa jornada começa com um primeiro passo”, diz um famoso provérbio. Dessa forma, alguns objetivos precisarão entrar dentro de uma rotina de longo prazo, mas que, no tempo certo, frutificará. 


  1. c) Disciplina: é a capacidade de manter-se fiel ao propósito. Sem ela, você corre o risco de tornar-se aquela pessoa que começa muitos projetos, mas nunca termina nenhum. 


O último P é o da PODA. Esse foi o que me deixou mais desconfortável. PODAR, nesse contexto, representa a habilidade de retirar da nossa vida tudo aquilo que não é importante ou que não contribui para o nosso propósito. É saber dizer NÃO para tudo aquilo que eu até posso gostar/admirar, mas que não tem nenhuma relação com meu destino final. Confesso que tenho uma enorme dificuldade com isso. Como um bom colérico e, para piorar, alguém com mentalidade focada em gestão, sempre me pego no vício de querer “abraçar o mundo”. Porém, como o autor do livro sabiamente diz: “Em vez de conseguir um milímetro de progresso em um milhão de direções, quando investimos em menos coisas, poderemos ter progresso mais significativo naquilo que é mais importante”. 

Espero que essa recomendação de livro abençoe sua vida! 

Em Cristo, 

Thiago Holanda 

09/02/2025 


 

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Uma voz inconfundível


 


Uma vez recebi uma ligação da minha esposa e, para brincar com ela, ousei fazer a pergunta “quem é?”, e a resposta (indignada) dela foi “como assim quem é? Esqueceu a voz da própria esposa foi?”.

Ela estava totalmente certa. Como eu posso esquecer a voz de alguém que conversa comigo todos os dias há tantos anos? Não faz sentido.

É fácil reconhecer a voz de pessoas com quem temos muita intimidade. Já foram tantas conversas e experiências juntas que é impossível se confundir. Quando pai, mãe, irmãos ou amigos próximos falam conosco, não precisam se identificar.

Mas por que, então, é tão difícil reconhecer a voz de Deus? Por que temos tanta dificuldade em entender sua vontade e direcionamento específicos?

Acredito que o motivo que faz ser tão fácil reconhecer a voz de familiares é o mesmo motivo que torna difícil reconhecermos a voz do Senhor: falta de intimidade.
Se queremos que a voz do Senhor se torne inconfundível para nós, é preciso intimidade em oração. Intimidade na Palavra. É preciso ter tempo de qualidade com Deus.

Em 1 Samuel 3 encontramos a história do jovem Samuel deitado e ouvindo alguém chamá-lo. Inexperiente, Samuel procurou Eli duas vezes achando que se tratava da voz do seu mentor, mas não era. Era o próprio Deus. Ao ser instruído a respeito da forma correta de responder, Samuel passou a ouvir e conversar com Deus e NUNCA MAIS confundiu a voz de Dele com a de outra pessoa!

INTIMIDADE!

Se quisermos conhecer essa voz de forma inconfundível, gastemos nosso tempo em preciosos momentos de oração e meditação bíblica e, então, poderemos dizer com segurança: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve.”

Sobre ser casa


 


A vida sempre nos convida a ser casa para outros. Servir, aconselhar, acolher e amar...são verbos difíceis de conjugar, mas que torna nossa vida verdadeiramente significativa. Ser casa para outras pessoas significa investir tempo e esforços em histórias que não são as nossas, e isso é tudo que a atual geração “dos holofotes” não quer fazer.

Convido você a se perguntar: para quem você é casa? Quem corre para você quando o mundo desmorona? Quem confia no seu abraço?
Se você pensar muito e não chegar ao nome de ninguém, talvez seja hora de repensar atitudes.

E quem é casa para você? Quem é o abraço certo nas horas incertas?
Se existe alguém assim na sua vida, VALORIZE! AGRADEÇA! E jamais vire as costas para essa pessoa! É o tipo de ser humano que está em extinção.

Se você lê esse meu texto e chegou a conclusão de que você não tem alguém para ser casa, quero te apresenar uma pessoa: JESUS!
A Bíblia diz que ele é o amigo presente na hora da angústia (Salmo 46.1), que o poder Dele em nós se aperfeiçoa até nos momentos de fraqueza (2 Coríntios 12.9), e que nos ajuda a carregar nossa cruz (Lucas 9.23).

Se a sua vida está desmoronando e, ao olhar para os lados, você não encontra ninguém. OLHE PARA CIMA! Jesus é casa para você!

sábado, 24 de agosto de 2024

REPOSIONAMENTO



     As vezes Deus precisa nos reposicionar geograficamente para, então, reposicionar nosso coração”. Essa é uma frase que tem ressoado muito em meu coração. Em momentos específicos da nossa vida, Deus precisa nos reposicionar para dar início a uma nova história que Ele deseja construir.  

Para se tornar governador do Egito, Deus precisou reposicionar José e fazê-lo sair da casa de seu pai. Abrão foi reposicionado da sua terra e parentela para um lugar totalmente desconhecido. Antes de se tornar um grande apóstolo, Paulo foi reposicionado para uma posição de esquecimento (dos homens, não de Deus). Os exemplos bíblicos são muitos, mas quase todos possuem um ponto de convergência: antes de começar uma grande história, Deus nos reposiciona. 

Esse posicionamento nunca é fácil e talvez por isso seja tão necessário. Somos naturalmente atraídos a uma zona de conforto onde limitamos nosso crescimento e passamos a agir no automático. Qualquer movimento fora dessa zona nos deixa incomodados.  

A partir dessa reflexão, quero te deixar uma grande verdade: para te ensinar novas lições e fazer você subir novos degraus de maturidade, Deus precisará te reposicionar. Talvez você precise encerrar uma história que você não gostaria ou se despedir de pessoas que você ama muito, mas algo Deus precisará mudar na sua trajetória. 

 Quando esse tempo chegar, não lute contra, receba suas novas incumbências e se submeta a vontade de Deus. O seu “eu” do futuro agradecerá. 

Substitua suas âncoras por raízes. Âncoras imobilizam. Raízes alimentam.  


Em Cristo, 

Thiago Holanda. 

24/08/2024 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

A importância de manter bons relacionamentos


 


Daniel 1.9-14

9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.

11 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.

13 Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.

14 E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.

A passagem acima narra um momento específico da conhecida jornada de Daniel e os seus amigos, uma história que, provavelmente, você já conhece. Quero, contudo, abordar um aspecto específico dessa história, que é a importância de manter bons relacionamentos com todos ou, como costumeiramente usado nos jargões coorporativos, um bom networking.

Daniel e o seu povo foram levados ao cativeiro não como escravos comuns condenados a trabalhos braçais pelo resto da vida. Pelo contrário, a ideia que motivou esse intercâmbio forçado foi exatamente criar uma elite de jovens hebreus preparados para difundir a “belíssima” cultura babilônica. Mesmo nesse contexto, é certo que esses jovens permaneciam como escravos e, em tese, não possuíam direito de escolha a nada.

Porém, como você sabe, eles decidiram não se contaminar com as iguarias da corte e optaram pela purificação, inclusive a alimentar. Porém, havia um obstáculo. A dieta desses jovens não era um self-service. Eles não tinham direito a mudá-la. O cardápio já estava definido e ponto final.

Porém, é aqui que algo interessante acontece. Sem entrar em detalhes, a Bíblia diz que Daniel conversou com o chefe dos eunucos e pediu que desse um “jeitinho” (não no sentido culturalmente pecaminoso da palavra) e os liberasse da dieta do rei. E o chefe dos eunucos aceitou!

Pode parecer algo simples, mas não é. O cargo de chefe dos eunucos era de confiança e certamente o homem que o ocupava não iria arriscar, com algo tão “simples”, desobedecer ao rei e ser condenado a traição e, quem sabe, a morte. Era, simplesmente, perder tudo por conta do pedido de um jovem desconhecido vindo de uma terra distante. Quem, em sã consciência, atenderia esse favor?

Aqui entra nossa reflexão: sei que Deus agiu no coração do chefe dos eunucos inclinando-o a aceitar o pedido de Daniel. Disso não tenho dúvidas. Mas também acredito firmemente que esse milagre foi operacionalizado por meio de um bom relacionamento que Daniel e os seus amigos devem ter nutrido com todos os membros da corte pagã da Babilônia. Relacionamento esse que abriu as portas para que o pedido fosse atendido.

Aprendemos muito com essa lição. Será que, nos ambientes que frequentamos, nós temos um relacionamento saudável com os não cristãos que nos cercam? Conseguimos manter esse networking?

Aqui eu interrompo a reflexão para adicionar dois tipos de comportamento nocivos: o isolacionismo, que é uma postura muito comum em “crentes” legalistas, que acreditam firmemente serem parte de uma categoria especial de pessoas santas, e olham com superioridade para qualquer outra pessoas que não julgam ser parte do mesmo círculo. Essa postura, além de intoxicar qualquer relacionamento, ainda afasta as pessoas de Cristo e mancha o evangelho de forma profunda. O outro comportamento é o mundanismo, que é exatamente o extremo oposto, comumente praticado por “crentes” que vivem um evangelho frouxo, marcado pela permissividade e uma incorreta interpretação da graça salvífica.

Nós devemos buscar um equilíbrio saudável entre esses dois comportamentos: viver no mundo sem ser parte do mundo e, com isso, manter um bom relacionamento de gentileza e misericórdia com todos aqueles que ainda não foram alcançados pela graça de Cristo.

Que tal, na sua rotina de trabalho, você importar-se mais com as necessidades dos colegas e, eventualmente, oferecer ajuda? Por que não praticar a escuta ativa e se interessar pelo que as pessoas conversam?

Existem inúmeras maneiras, não difíceis, de manter bons relacionamentos com pessoas que não compartilham a mesma fé que nós e devemos cultivar isso diariamente, não apenas pensando no interesse de um dia buscar benefício, mas para manter canais de comunicação e diálogo abertos. Canais esses que, creio eu, serão usados para compartilhar nossa mensagem mais preciosa: a salvação em Jesus.

Eu encorajo você a manter relacionamentos agradáveis onde você estiver: faculdade, trabalho, vizinhança, etc...assim,  as pessoas olharão para você e verão o brilho de Cristo na sua vida.

Deus te abençoe!

 

Em Cristo,

Thiago Holanda

26 de Abril de 2024.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Os 3 catalisadores de Deus


 

Comecei a ler o livro DISCIPLINASESPIRITUAIS PARA A VIDA CRISTÃ, de Donald S. Whitney. Há muito tempo eu desejava ler esta obra, mas não tinha a disciplina necessária para começar (irônico, não é mesmo?). Decidi, então, dar início a esse empreendimento e, já no primeiro capítulo, fui impactado por muitas verdades que me fez desejar tê-lo lido há muito mais tempo.

Pois bem, deixando esse “spoiler” de lado, quero compartilhar uma lição muito simples e enriquecedora que encontrei no capítulo 1, onde os autor fala de 3 catalisadores usados por Deus.

Antes de continuar, o que seria um catalisador?

Dando um “google”, encontrei que se trata de uma substância que pode ser adicionada a uma reação para aumentar a sua velocidade sem ser consumida durante esse processo. O autor usa esse termo para compartilhar a ideia de que Deus possui formas específicas e universais usadas para trabalhar em nós e mudar nossa essência. São “substâncias” que será usadas por Ele indefinidamente enquanto habitarmos esse mundo imperfeito e formos seres também imperfeitos.

Dos 3 catalisadores, dois não podem ser controlados por nós (não na plenitude), o outro pode. Vamos descobrir quais são?

O primeiro são as PESSOAS. Sim, Deus usa pessoas para nos moldar e nos tornar mais semelhantes a Ele. Pode ser alguém enviado para cuidar especialmente de você e te confortar em momentos de luta, como também pode ser aquele indivíduo chato que está o tempo todo ao seu lado testando sua paciência e te fazendo depender do Espírito para não perder a postura. Provérbios 27.17 diz que um homem afia outro homem. Possivelmente essa seja uma das maiores graças de ser igreja, afinal, estamos em um ambiente repleto de pecadores, como nós, tentando viver de forma semelhante a Jesus. Nesse processo, temos de lidar com imperfeições e, assim, somos afiados!

O segundo catalisador são as CIRCUNSTÂNCIAS. As muitas experiências da vida nos levam, se vivermos em dependência, para mais perto de Cristo, sejam elas boas ou ruins. Essa lição é fácil de explicar, mas muito difícil de viver. É muito bom aprender a agradecer quando uma porta se abre e as coisas dão certo (ainda assim tem gente que falha nisso). Difícil, é aprender a CONFIAR quando a porta se fecha e precisamos assistir, de camarote, nossas expectativas e sonhos afundarem no mar da desilusão. Porém, a Bíblia deixa bem claro, Deus usa os momentos bons e os ruins com o propósito de nos moldar. Romanos 8.28 nos ensina que “...todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Que Deus nos encha de graça e sabedoria para enxergarmos isso.

O terceiro catalisador são as DISCIPLINAS ESPIRITUAIS. Aqui, nós temos uma maior autonomia. Não posso acordar de manhã e escolher todas as circunstâncias a qual serei exposto e nem todas as pessoas que cruzarão o meu caminho, mas posso ter autonomia para dizer a mim mesmo: “hoje vou meditar na Bíblia”; ou “hoje usarei o meu dia para jejuar”. Inclusive, foi pensando nesse terceiro catalisador que o autor decidiu escrever o livro.

Esses três catalisadores são continuamente inseridos na história que Deus está construindo em nossas vidas. Porém, nem sempre temos a oportunidade de enxergá-los ou entende-los. Mesmo assim, estão diante de nós!

Que possamos aprender a viver confiando plenamente no que Deus está fazendo em nós!

Em Cristo,

Thiago Holanda,

25 de Março de 2024.