O Baile das Lembranças
Vaidade de vaidades,
diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Eclesiastes 1:2
Imagine se no final da vida pudéssemos promover
um baile onde os convidados seriam todos os que fizeram parte da nossa
história, ainda que minimamente. Vamos chamá-lo de Baile das Lembranças. Você
seria o anfitrião dos personagens da sua própria história. Como você usaria
esse momento? Como você preencheria a última noite da sua vida?
Já conversei com muitos idosos e uma
marca comum em muitos deles é chegar ao fim da vida com incontáveis
arrependimentos. Alguns parecem até escolhem dedicar seus últimos dias a isso:
chorar pelos erros antigos. Salomão, o grande rei, viveu o sabor amargo dessa
experiência e a narrou em Eclesiastes, dizendo que só no fim da vida entendeu
que quase tudo que fizera não foi nada além de vaidade.
Temos que ter muito cuidado com esse
negócio chamado vida, pois todos nascem sem saber nada sobre ela, muitos são
ensinados a vivê-la da maneira errada e alguns poucos só conseguem aprender
algo significativo quando ela já está no fim.
O tal Baile nos leva a uma reflexão: como
estamos conduzindo nossa vida hoje? Será que estamos construindo nossa história
em cima dos jardins da amizade e amor ou dos pedregulhos do ressentimento? O
Baile das Lembranças nos desafia a entender que teremos que dedicar nossa
última noite de vida a duas coisas: reviver lembranças queridas e amores
antigos ou prestar contas com as vítimas que deixamos para trás.
Fica a pergunta: com o que você gastará mais
tempo?
Em Cristo,
Thiago Holanda
24/10/2017.